quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Nada de Cerimônias

Neste post nada de cerimônias. Aqui não haverá rima, mas curvas do silêncio. Por luto às pessoas que tiveram suas vidas interrompidas na tragédia do dia 27/01/2013.
Não serei nenhuma falsa moralista, não tornarei explicito pensamentos meus. Tais tragédias servem para nos alertar, mas o momento agora não é de expor sua revolta com tudo isso.
A hora agora é de se comover e ajudar de qualquer maneira cabível ao seu estilo de vida as famílias que tiveram uma parte de si 'levada com o vento'. A hora é de mostrar a nossa magnificente capacidade de ser humano. Mostrar que temos sentimentos e que nos importamos claramente com o que não diz respeito somente a nós mesmos. Hora de rezar pelas almas. Hora de crescer!

Mas é claro que me comovo com todas as formas de inadimplências, falências e escassez. Claro que milhares de pessoas morrem diariamente no mundo inteiro e, a mídia não pede sequer um auxilio a quem necessita de um grão de arroz para sobreviver.
Nossa condição de humano é muito mais do que ajudar a quem precisa somente quando solicitado. Nossa condição de humano só terá êxito quando completarmos a etapa de aprendizado acerca do que sentir e fazer por nós mesmos.

Solidariedade é a questão.

Que você concorde ou discorde. Que eu esteja certa ou errada, mas são somente ideias e, como tais, são passíveis minuto a minuto à mudança. 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A Solidão


A solidão comporta a saudade e pelo canto da boca as covas confirmam que foi uma luta constante. Uma ousadia de si para consigo, porque viver sozinho não dá sangue, não dá vontade. E dói olhar para fora e ver o sol nascer e quando voltar pra dentro perceber o tempo passando e ainda saber que muito ou quase nada há a fazer.
            Não compreendo em verdade qual o real sentido da solidão, pois ela se multiplica. Para se ter uma ideia há a até a tal da solidão acompanhada.
            A alegria de ver a casa cheia. Mas não tão cheia a ponto de apenas preencher lugar no espaço, mas de modo a revigorar uma vida que sente falta de um carinho, um cuidado, um amor. São amores desajeitados com seus vales e picos de acertos e erros, mas no peito a alegria, sem dúvida, de ver os frutos darem flores.
            Não importa a idade, o sentimento sempre será o mesmo. Um amor sem limites, uma preocupação singular. Durante toda uma vida fui partes de um todo. Durante toda a minha vida busquei conquistar, me pus a sonhar. Fui aquilo que eu deveria ser. Fui aquilo que eu pude ser.
            Com toda a certeza me lamento e arrependo de coisas que fiz ou deixei de fazer, mas as épocas são outras. O tempo passou e nem vi. Trabalhei demais, amei demais, sofri demais, aprendi. Demasiado ou de menos, mas passei por tudo o que um dia você passou ou passará.
            Se errei foi por ignorância. Se errei foi por amor, ou até mesmo por ignorância do próprio amor. Agora quase no fim, fico presa a pensamentos insanos, pois nem mesmo eu sei o que pode acontecer.
            Hoje já lhe peço pouco mais de paciência se meus passos já não conseguem o acompanhar, se preciso de ajuda pra tudo. Se meus passos são lentos, se olhar para você não aguento e choro. Uma rotina frenética, uma solidão distribuída nos afazeres da casa. Pensamentos que me afrontam e amedrontam.
           Às vezes quero colo, às vezes quero o fim. Às vezes revigoro e caminho com esperança de chegar cada vez mais longe, enfim.
           Estou presa aqui admirando o vazio dos corpos, contemplando a riqueza dos inesperados dias de glória e implorando um respirar mais calmo e profundo.
           Um abraço, um olhar, um gesto, um toque, um silencio para mim é tudo. Nesta altura, o que não me importa é a ganância que “rola” lá fora. Sinto medo, muito medo, mesmo muito mas muito medo. Não do fim, mas de um fim solitário.
            Estar sozinho é diferente de SER sozinho, pois o primeiro é temporário.
            Certeza nenhuma eu tenho do que pode acontecer. Não sou dona do destino, muito menos vidente sem tino. A luta, ao fim, valeu apena e, vergonha nenhuma devo, eu, ter de quem um dia fui. Fui tudo o que estava ao meu alcance. Fui o que tinha que ser. Nada mais, nada menos.
         Portas e janelas podem estar abertas, mas a solidão nos faz sentir tão pequeno diante da vida que barramos a nossa essência. Portas e janelas podem estar fechadas, e sentirmo-nos muitíssimos livres. Estar só leva a efetiva solidão mental e é sufocante demais.
        A hora, essa, eu sei que vai chegar numa visita inesperada, rápida e indelicada, sem pedir licença ou sequer esclarecer qualquer coisa para quem anda ao meu lado.
       Serão dias e noites de desespero, mas há de ser passageiro, afinal o tempo passa, o sentimento se fortifica e, a saudade, embora permaneça, será sempre acompanhada de um conformismo autêntico e típico de quem um dia se vai.
       Uma saudade acompanhada de vaidade, medo, desespero, esperança, vontade, amor. Quem foi, de carne e osso se transforma em alma viva dentro do peito, transforma-se em sentimento, sentido, momento, canção, palavra, poesia. Lágrima, sorriso , até mesmo oração. Ela estará mais viva do que quando transitando em terra e, quando se der conta, se cobrará do pouco tempo dedicado, da impaciência e do egoísmo exacerbado.
        Mas tudo será tarde demais, porque nada disso a trará de volta. A saudade e a dor aumentarão, mas lembre-se de que de solitária tornou-se tudo  o que perto de você existe,para amar, proteger, ouvir e acolher quando preciso for.
       Esta é a solidão de quem sente a ida que ainda não foi. 

domingo, 13 de janeiro de 2013

A noite se vai

A noite se vai.
Em tic e tac o tempo vai passando e as ironias vão me consumindo aos poucos, viva, sem dó, sem piedade.
A noite se vai, o sono cada vez mais inexistente.
São vontades, são vaidades.
Quando o sono vir, só peço a ele que se deite ao meu lado.
Na mesma cama, dê-me paz.
Dê-me um travesseiro de lindos sonhos, um acolchoado inesperado de bons momentos!
Um deslize, um cair na real.
Um desvio, um sentimento.
Que me dê alguns e poucos e últimos momentos de descanso, porque os anjos que me cuidam, sem saber, já leem essa mensagem...

"Esteja onde quer que esteja, seja você quem seja. Tenha o que tenha, sonhe o que sonhe. Sem saber seu nome, sei algumas verdades sobre você. Sei que é diferente de mim, mas não queira me enganar e me fazer acreditar que a felicidade está difícil de encontrar. 
Pode estar no deserto do Saara, pode ter sobrevivido à guerras, pode viver diariamente sob adrenalina pura, mas temos em comum a incerteza de sair de casa e após um dia longo, voltar a salvo, sem arranhões ou feridas. 
Pode morar em Nova Zelândia  pode ser da Inglaterra, mas sei que sente tudo o que o coração quer. Sei que muitas coisas machucam, mas a tentativa, embora incerta, é a mais certa. Quem não tenta, nunca saberá se tudo o que sentiu e viveu realmente valeu apena! "
"A verdade é que as pessoas cobram tanto de você que você mesmo se tabula como incapaz , pois afinal sempre acaba querendo mais do que te cobram.E é exatamente por isso que você jamais conseguirá ser você por completo , porque vai estar tão preocupado em atingir a vaidade de ser quem os outros acham que você deve ser que acaba se esquecendo de lapidar a sua alma para evoluir. Acaba se estagnando sei la! 
Você não deve seguir o que os outros pensam e muito menos ignorar. Você deve tomar como exemplo para fazer e traçar o seu caminho. Todas as nossas condutas tem as nossas consequências e devemos arcar como seres pensantes, já que temos a capacidade de ser um SER HUMANO!"
‎"Ah, a vontade é de dizer tantas coisas. A vontade é de se calar! 
Apenas ouvir o barulho da chuva, provar do mel da lua. São vontades que, geralmente, são difíceis de se transformarem em ato. São sonhos que queimam e aquecem, fazem nosso mundo andar ou desandar. São dias, são noites. Olhares, palavras, posturas. Momentos que são difíceis de nos darem a resposta tão prática, como aquele famoso ''jogo de cintura'' para se adequar a uma situação. As coisas da vida são imprevisíveis. Complicado é mesmo viver sem se preocupar com o amanhã, tentando escravizadoramente não deixar nada para amanhã, porque o amanhã pode nem chegar, não é mesmo ?!"