segunda-feira, 8 de julho de 2013

De si para si mesmo

Rascunhando, a alma inglória, vívida sob labaredas.
Clamores imperceptíveis, ao passo do tempo pouco que lhe resta.
Penhores inescrupulosos regorjeando e respaldando o ar que lhe sufoca.
Ásperos restantes engajamentos, cujas mãos desmazeladas, das inconstâncias se entorpecem. 
Já se foi, realístico, o gozo e tão vil sem alacridade e sequer meia vontade de seguir adiante. 
Intrépido, indolente e extasiante.
Sopros, eco estrondoso.
Sonoridade de uma alma sufocada
Dos lampejos a ingenuidade
Dos pedaços, a irreversibilidade
Das faíscas a moralidade, impiedosa verdade, o lamento.
Em um espaço intermitente, inconstante e nada permanente, um lamurio, um augúrio, uma saudade.
Talvez seja isto:
O gozo inesgotável tenha se esgotado!
Não quero, porém é preciso!
Leve-me junto a ti, para qualquer lugar outro que seja.
Leve-me ao longe,  ao perto, ao novo.
Sinto-me, pois, diante de tudo e todos, enfastiado.
A única fuga fulgura pela dentição, sem razão, sem direção
Espécime de loucura.
Estafada, inteiramente encontro-me
Inalando a fumaça de teu próprio pecado.
Pecas contra ti mesmo e, nada hei de fazer.
De nada sei, nada hei de entender.
Nem quero!
Espero!
Revelo!
Os pulmões enchem-se e eclodem.
O som silencia-se e o grito, grita e grita, e grita, cada vez mais baixo.
Um murmúrio inescrupuloso!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Pois é..

À você, leitor.



Considerável tempo que não exponho meus escritos aqui.

A ânsia poética é tanto que chega a transtornar a alma, corrompendo o sentido inexato da regularidade espontânea do ato. 

Aqui, sento e digito, incansavelmente, palavras que nem sei se sentido, ao final farão. Não paro para ler, reler, arrumar as concordâncias e consonâncias. 

Sentar e escrever, mais uma vez e, deixar fluir. 

Então, aqui, deixo o meu mais novo "VOLTEI" , já que a vida é repleta de idas e vindas. 

Estou com vocês outra vez! 



Beijos para quem é de beijo 
Abraços para quem é de abraço 

Com carinho,

A autora.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Análise da Identidade

"(...)Um ser não se faz sozinho e, portanto, não é capaz de construir o mundo - seu próprio mundo - apenas com suas implicações e teorias. Vai-se um tempo relativamente longo dependente de cada individuo para que se desenvolva a percepção do mundo que o cerca, pois antes mesmo de nascer, já havia um mundo mergulhado em preceitos, direitos, valores, e jeitos. Isso mesmo: Um ser não se faz sozinho, isto significa que necessariamente precisa de outras pessoas para que seja possível saber qual o lugar o qual ocupa diante dele e assim, a cada passo em sua vida seja possível a passagem de forma positiva pela fase adaptativa ao próprio meio.
            Ora, a relação estabelecida entre o sujeito e o outro, a complexidade dos fatos, a diversidade das interpretações, interpelações, compreensões, devaneios, cultura e o próprio individuo se complementam e formam uma cadeia de associações.
            Em outras palavras, trata-se da construção da identidade, o que implica na teorização de que só é possível reconhecer o “Eu” individual, saber quem se é e qual lugar que ocupa na sociedade a partir do momento em que há a diferenciação de quem o outro é. Isto significa que para construir a identidade individual necessita-se do ponto de comparação entre “EU x Outras pessoas” para que seja possível estabelecer diferenças sendo possível ainda posicionar-se diante desta complexa rede mundana.
            Uma vez que a identidade social serve como uma ferramenta para a construção da identidade individual, visto que esta só se constrói a partir da apropriação da cultura e se forma no jogo das relações sociais  na medida que se apropria das regras, valores, normas e formas de pensar de uma determinada cultura, comprova-se o a afirmação feita anteriormente de que nenhum individuo se faz sozinho.
            A construção da identidade individual se dá por escolhas mutáveis de objetos de identificação, dos quais algumas características foram apropriadas. Mas, isso só é possível a partir do momento em que se é capaz de perceber que em seu mundo varias outras pessoas se apresentavam para estas possíveis escolha e claro, é imprescindível  perceber, então, que em sua vida não existia apenas a mãe, e diferenciar-se da mesma, deixando de lado o egocentrismo e passar a buscar construir a identidade individual.
            As características apropriadas tanto de seu ícone de identificação quanto às da própria cultura ao qual está submerso estão passáveis à mudança, afinal a identidade é algo mutável e está em construção permanente.
(...) 
. A mudança é silenciosa, radical, complexa e flexível."


Fonte: Análise Crítica da identidade - Trabalho Acadêmico do Instituto Educacional Jaguari , Faculdade de Jaguariúna - Autora : Lilian Pagliuca - 10.05.2013

terça-feira, 16 de abril de 2013


Não diria mais fria, diria mais racional.
Não diria indolente, diria pouco mais equilibrada.
Ou seria um desequilíbrio sublime que nem a linha tênue que separa a razão da irracionalidade suporta as pressões e, de algo que não condiz com os prazeres que a própria libido busca, rompe, fazendo  com que fantasie e acredite piamente  nestas ilusões , idealizações? Tão natural é o que parece. Será!?

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tornou-se até banal o olhar sobrenatural esbarrar em um sentimento natural.
Quando a saudade bater, lembre-se de tratá-la com carinho, cortesia e delicadeza. 
Pois dias desses podemos nos cruzar nas curvas da vida e de saudade o peito não mais transbordará por instantes. 
Valeu apena, é .. eu Sei! 
Mas dê trégua ao tempo também!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Orgulho

Meu orgulho, suponho, contraponho e, o punho fechado, resulta no fracasso do mais obscuro segredo que, mais uma vez não pôde ser desvendado! 

Suspiros mal-ditos

Suspiros mal-ditos, murmúrios fatais.
No compasso, descompasso vazio que contempla os mais frenéticos dos meros mortais, o simples se faz complicado.
E então o fim do mundo em questão de segundos se aproxima, mas nunca (NUNCA!) chega.

Suspiros malditos que escapam desapercebidos e insistem em rondar, circundar e encontrar a nossa melhor metade.

Sejam dores de amore, flores, terrores, horrores, tambores. Seja naturalidade do sentimento sofrer por tudo, alegrar-se contudo.

Sejam suas dores e angustias quais forem, suspiros mal-ditos possuem o mesmo sentido. 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Zig


Mais original que o sentimento, impossível. Por isso, quem seria bobo o suficiente para viver numa prisão?! Devo esperar do sinal, o último, para dizer ao fim que tudo há de ter valido apena e que nada teria sido em vão. Nem mesmo o sofrer, nem mesmo o sentimento. Nem virtudes e acasos.
       Tudo há de ficar bem. Tempestades esgotam todas as nossas energias, bagunçam tudo o que conhecemos de nós, mas vejamos o cristal brilhar logo ali e ocupemos o nosso espaço!


Zig - 18.03.2013

quarta-feira, 13 de março de 2013

Desejo este..

“É um desejo ardente pertencente a uma instancia proibitiva e  é factual a disponibilidade e vulnerabilidade aparentemente irônica do coração em brincar de bolhas soltas e brasa infame. A faísca toca a alma, que acalentada pela brasa acaba por cobrir-se de chamas transparentes, deixando estilhaços pelo caminho.  ”  

Eu , simplesmente!




            Já fui capaz, e o ainda sou, de narrar histórias para mim mesmo, envolvendo aqueles que me cercam. Um espécime de fugir da realidade mundana às vezes tão cruel, um espécime de fantasiar, sonhar acordada, e me deixar levar por devaneios.
            Já sonhei em ser tantas coisas, planejando o futuro de tantas formas diferentes. Mas em verdade vivi mutuamente duas vidas, vivo três ou quatro de uma só vez. É como se o equilíbrio se consumasse e, o sentido se refizesse. Então vivo a fantasia, o sonho do futuro, o que seria ideal e mais próximo à realidade e, por fim, a minha própria vida tão concretamente e incompleta. 

quinta-feira, 7 de março de 2013

Um ADEUS ainda não dito

E quando eu tiver de dizer Adeus, como será?
Olhos tão reluzentes, grandes e com um poder de observação sem igual .
Um sorriso comprazente, um toque delicado. 
Um ser maleável, simples, simpático. 
Uma postura equilibrada, pouco possessiva e extrovertida! 

Andando pela vida, em certa curva eu o encontrei.
No começo nem me atentei às minúcias, aos detalhes.
Dia após dia espero ansiosa para vê-lo.
É tão pouco tempo que nem dá tempo de dizer tudo o que quero
Mas um dia, meu amigo, me disseram que a pressa é inimiga  da perfeição
E com cada tombo eu fui aprendendo
E hoje sei tantas coisas, mas quase nada ainda sei. 
Temos de cuidar antes mesmo de ter , na incerteza de nunca ter. 

Tudo no seu tempo, vai acontecendo
Sem pressa, sem caô.
Passinho por passinho, degrau por degrau
Os maus jamais verão o final do meu astral.

Tombos mais eu levarei,
Mas com fé e ombridade, viverei na eternidade das lembranças
Caminharei até chegar ao infinito, até cansar de me cansar. 

Vamos lá,
Está na hora de ser feliz. 
Ser feliz, e deixar a felicidade 
Cada um com seu cada um
Deixa o cada um dos outros
Cuidando da sua vida
Conquistando tudo aquilo que precisa para sentir prazer na vida. 

Um simples "Olá" é capaz de mudar o nosso dia.
nem que a palavra lhe falte, o simples sorriso é revigorante. 



Venha..

Venha, pois, saciar minha sede
Matar a minha fome, recobrir-me de desejo.
Venha descobrir-me por inteiro, o belo e o feio.
Enfeite minhas noites,
Torne-se aquilo que me sustenta
Venha ser verdadeiro
Respire o seu ar, mas comigo ao seu lado.
Venha me buscar
Deixe-me andar ao seu lado
Aprenda a me amar, deixando que o sentimento apenas role.
Tudo tão naturalmente a ponto de não percebermos o poder que o sorriso tinha antes de tudo começar.


Rimas e afins, sempre muito enfeite para pouco sentimento. É o que vejo nos milhares casos e centenas histórias de amor. 


terça-feira, 5 de março de 2013

Não sou uma qualquer..


Existem músicas que nos consolam, nos entendem e dizem tudo o que sentimos né? Pois é... Eu te entendo, meu caro! (: 

Bom dia ! 


A autora. 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Ora, ora, ora...

Deixemo-nos, pois, escarafuchar os quatro cantos da cidade.
Quero ser capaz de fechar os olhos e acordar em um mundo o qual me comprazerá, sei lá por quanto tempo. Sei lá se por tempo suficiente para encontrar o que tanto procuro...

Contemplemos os contornos mais preciosos e singelos, tão frágeis, tão poderosos.
Contemplemos o sorriso, o silêncio, o toque por fim.

Oras. Que tudo pareça estar bem! Dentro do peito mora um desejo submetido à razão. Ora, ora, ora !
Estamos de cara com um conflito aparentemente banal.
Mas, como é que faremos para abandonar nossas crenças, nosso orgulho, todos os nossos modelos, histórias, pensamentos, afetos, enfim.
Como deixar tudo o que fomos ou pensamos ser até agora?

Como abandonar esta nossa identidade que acreditávamos ser fiel ao que sempre fomos?
Quem somos? Fruto de uma sociedade modeladora? Fruto de nosso próprio desejo de ser?
Somos quem somos por conta própria? O que forma a nossa identidade, afinal?!


E vamos vendo no que vai dar.
Sem pressa, sem "caô".
Na humildade, sofredor!

A vida é uma luta constante
Não são os fortes em si que sobrevivem.
Os jeitos incompreensíveis farão com que a ação não se reprima
Então não se reprima!

Viva! Sobreviva!
Vá caminhando. 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Rabiscos..

Seja quais forem seus medos, receios, angustias, desejos e motivos.
Seja você quem seja. Homem, mulher, criança, adulto ou adolescente.
Tenha vivido dias de tormenta e calmaria.
Tenha percorrido o caminho que percorreu,e que eu não saiba sequer a distância e os passos que o trouxeram e o fizeram chegar aqui.
Que eu não faça ideia do seu nome. Que eu jamais pertença aos seus sonhos.
Que eu não seja capaz de descobrir os segredos, desvendar os seus mistérios.
Que tenha vivido intensamente.
Que eu até desconheça o  seu passado!

E se um dia chegar ao ponto de não saber por onde anda, onde está você, que não haja desespero.
Asas são dadas a quem está apto a aprender a voar. E, este voo, tão turbulento ao início, será tão sublime quanto a tenra lenha que nos separa a vida da morte.

Um dia terei de dexá-lo partir.
Seja de meus sonhos, de minha ilusão, pensamentos ou seja da concretude da minha realidade mundana.

Entre tantos "porém" adjacentes à complexidade inexorável do evento inteligível do que é a vida, tenho de admitir que meu coração encontra paz, mas ao mesmo tempo se vê obrigado a contemplar o aperto que o medo  traz ao peito.

É.. Um dia terei de dexa-lo partir.
Terei de deixar o orgulho de lado e mostrar ao mundo todo o bem que você me fez e, faz, sem sem saber!

Mas isso tudo será num dia do futuro, sendo ele próximo ou longinquo e, enquanto isso, abrimos espaço para receber honrosamente aquele tão sonhado sentimento conhecido como AMOR VERDADEIRO. (...)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ressaca do amor



Não consigo mais te entender 
Já ficou pra trás o nosso sentimento
E pra cada suspiro que você for dar 
O tempo preciso irá se afastar de nós dois – ( de nós dois.) 
O tempo se foi e o que restou 
Foram simples lembranças de quem um dia amou ...

E pra curar a ressaca do amor
Eu vou chutar o balde, jogar tudo pra cima 
Viver a minha vida de um jeito que um dia nunca vivi
Subir pelas paredes, rasgar a fantasia 
beber curtir farrear e me divertir (2x)

"I believe in the voices of my heart.
And those choices make it appear so real .
Belong a million times in the love .
I believe in the love. I want to be happy. 
I want feel the liberty"

Viver a vida!


Quem é que nunca errou nesta vida? 
Quem é que sabe a hora da partida?
Jamais ninguém terá o dom de prever o futuro.

O tempo é impreciso, incerto, insano. 
Haja folego para continuar a caminhada. 
Se é pra viver, que vivamos direito!

sábado, 9 de fevereiro de 2013


          Não estou aqui para criticar ou para me dizer melhor que ninguém, mas confesso que não gostei da mudança de local para a realização do carnaval daqui da minha cidade esse ano.
        Antes que me interpretem mal, quero que todos saibam que o motivo do meu descontentamento não é pelo fato de MUDAR, mas sim pelo local escolhido.
         Concordo que nossa cidade é turística e tanto quanto os idosos como as famílias, tem tanto direito de curtir o carnaval quanto nós jovens.
        Todos somos humanos e temos direito de desfrutarmos das mesmas coisas.
         No local escolhido, penso (podendo estar errada ou não) que seja propício para eventos como Rodeios. Barro Total! Ainda mais quando chove.
         Sinto-me desprotegida lá!
         A verdade é que a tragédia de Santa Maria me fez ficar com um pé atrás em todo evento de grande porte. Eu sinceramente não sei !
         O carnaval mal começou, e não sei o que farei !

Humor : INDECISA e com SONO!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Nada de Cerimônias

Neste post nada de cerimônias. Aqui não haverá rima, mas curvas do silêncio. Por luto às pessoas que tiveram suas vidas interrompidas na tragédia do dia 27/01/2013.
Não serei nenhuma falsa moralista, não tornarei explicito pensamentos meus. Tais tragédias servem para nos alertar, mas o momento agora não é de expor sua revolta com tudo isso.
A hora agora é de se comover e ajudar de qualquer maneira cabível ao seu estilo de vida as famílias que tiveram uma parte de si 'levada com o vento'. A hora é de mostrar a nossa magnificente capacidade de ser humano. Mostrar que temos sentimentos e que nos importamos claramente com o que não diz respeito somente a nós mesmos. Hora de rezar pelas almas. Hora de crescer!

Mas é claro que me comovo com todas as formas de inadimplências, falências e escassez. Claro que milhares de pessoas morrem diariamente no mundo inteiro e, a mídia não pede sequer um auxilio a quem necessita de um grão de arroz para sobreviver.
Nossa condição de humano é muito mais do que ajudar a quem precisa somente quando solicitado. Nossa condição de humano só terá êxito quando completarmos a etapa de aprendizado acerca do que sentir e fazer por nós mesmos.

Solidariedade é a questão.

Que você concorde ou discorde. Que eu esteja certa ou errada, mas são somente ideias e, como tais, são passíveis minuto a minuto à mudança. 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A Solidão


A solidão comporta a saudade e pelo canto da boca as covas confirmam que foi uma luta constante. Uma ousadia de si para consigo, porque viver sozinho não dá sangue, não dá vontade. E dói olhar para fora e ver o sol nascer e quando voltar pra dentro perceber o tempo passando e ainda saber que muito ou quase nada há a fazer.
            Não compreendo em verdade qual o real sentido da solidão, pois ela se multiplica. Para se ter uma ideia há a até a tal da solidão acompanhada.
            A alegria de ver a casa cheia. Mas não tão cheia a ponto de apenas preencher lugar no espaço, mas de modo a revigorar uma vida que sente falta de um carinho, um cuidado, um amor. São amores desajeitados com seus vales e picos de acertos e erros, mas no peito a alegria, sem dúvida, de ver os frutos darem flores.
            Não importa a idade, o sentimento sempre será o mesmo. Um amor sem limites, uma preocupação singular. Durante toda uma vida fui partes de um todo. Durante toda a minha vida busquei conquistar, me pus a sonhar. Fui aquilo que eu deveria ser. Fui aquilo que eu pude ser.
            Com toda a certeza me lamento e arrependo de coisas que fiz ou deixei de fazer, mas as épocas são outras. O tempo passou e nem vi. Trabalhei demais, amei demais, sofri demais, aprendi. Demasiado ou de menos, mas passei por tudo o que um dia você passou ou passará.
            Se errei foi por ignorância. Se errei foi por amor, ou até mesmo por ignorância do próprio amor. Agora quase no fim, fico presa a pensamentos insanos, pois nem mesmo eu sei o que pode acontecer.
            Hoje já lhe peço pouco mais de paciência se meus passos já não conseguem o acompanhar, se preciso de ajuda pra tudo. Se meus passos são lentos, se olhar para você não aguento e choro. Uma rotina frenética, uma solidão distribuída nos afazeres da casa. Pensamentos que me afrontam e amedrontam.
           Às vezes quero colo, às vezes quero o fim. Às vezes revigoro e caminho com esperança de chegar cada vez mais longe, enfim.
           Estou presa aqui admirando o vazio dos corpos, contemplando a riqueza dos inesperados dias de glória e implorando um respirar mais calmo e profundo.
           Um abraço, um olhar, um gesto, um toque, um silencio para mim é tudo. Nesta altura, o que não me importa é a ganância que “rola” lá fora. Sinto medo, muito medo, mesmo muito mas muito medo. Não do fim, mas de um fim solitário.
            Estar sozinho é diferente de SER sozinho, pois o primeiro é temporário.
            Certeza nenhuma eu tenho do que pode acontecer. Não sou dona do destino, muito menos vidente sem tino. A luta, ao fim, valeu apena e, vergonha nenhuma devo, eu, ter de quem um dia fui. Fui tudo o que estava ao meu alcance. Fui o que tinha que ser. Nada mais, nada menos.
         Portas e janelas podem estar abertas, mas a solidão nos faz sentir tão pequeno diante da vida que barramos a nossa essência. Portas e janelas podem estar fechadas, e sentirmo-nos muitíssimos livres. Estar só leva a efetiva solidão mental e é sufocante demais.
        A hora, essa, eu sei que vai chegar numa visita inesperada, rápida e indelicada, sem pedir licença ou sequer esclarecer qualquer coisa para quem anda ao meu lado.
       Serão dias e noites de desespero, mas há de ser passageiro, afinal o tempo passa, o sentimento se fortifica e, a saudade, embora permaneça, será sempre acompanhada de um conformismo autêntico e típico de quem um dia se vai.
       Uma saudade acompanhada de vaidade, medo, desespero, esperança, vontade, amor. Quem foi, de carne e osso se transforma em alma viva dentro do peito, transforma-se em sentimento, sentido, momento, canção, palavra, poesia. Lágrima, sorriso , até mesmo oração. Ela estará mais viva do que quando transitando em terra e, quando se der conta, se cobrará do pouco tempo dedicado, da impaciência e do egoísmo exacerbado.
        Mas tudo será tarde demais, porque nada disso a trará de volta. A saudade e a dor aumentarão, mas lembre-se de que de solitária tornou-se tudo  o que perto de você existe,para amar, proteger, ouvir e acolher quando preciso for.
       Esta é a solidão de quem sente a ida que ainda não foi. 

domingo, 13 de janeiro de 2013

A noite se vai

A noite se vai.
Em tic e tac o tempo vai passando e as ironias vão me consumindo aos poucos, viva, sem dó, sem piedade.
A noite se vai, o sono cada vez mais inexistente.
São vontades, são vaidades.
Quando o sono vir, só peço a ele que se deite ao meu lado.
Na mesma cama, dê-me paz.
Dê-me um travesseiro de lindos sonhos, um acolchoado inesperado de bons momentos!
Um deslize, um cair na real.
Um desvio, um sentimento.
Que me dê alguns e poucos e últimos momentos de descanso, porque os anjos que me cuidam, sem saber, já leem essa mensagem...

"Esteja onde quer que esteja, seja você quem seja. Tenha o que tenha, sonhe o que sonhe. Sem saber seu nome, sei algumas verdades sobre você. Sei que é diferente de mim, mas não queira me enganar e me fazer acreditar que a felicidade está difícil de encontrar. 
Pode estar no deserto do Saara, pode ter sobrevivido à guerras, pode viver diariamente sob adrenalina pura, mas temos em comum a incerteza de sair de casa e após um dia longo, voltar a salvo, sem arranhões ou feridas. 
Pode morar em Nova Zelândia  pode ser da Inglaterra, mas sei que sente tudo o que o coração quer. Sei que muitas coisas machucam, mas a tentativa, embora incerta, é a mais certa. Quem não tenta, nunca saberá se tudo o que sentiu e viveu realmente valeu apena! "
"A verdade é que as pessoas cobram tanto de você que você mesmo se tabula como incapaz , pois afinal sempre acaba querendo mais do que te cobram.E é exatamente por isso que você jamais conseguirá ser você por completo , porque vai estar tão preocupado em atingir a vaidade de ser quem os outros acham que você deve ser que acaba se esquecendo de lapidar a sua alma para evoluir. Acaba se estagnando sei la! 
Você não deve seguir o que os outros pensam e muito menos ignorar. Você deve tomar como exemplo para fazer e traçar o seu caminho. Todas as nossas condutas tem as nossas consequências e devemos arcar como seres pensantes, já que temos a capacidade de ser um SER HUMANO!"
‎"Ah, a vontade é de dizer tantas coisas. A vontade é de se calar! 
Apenas ouvir o barulho da chuva, provar do mel da lua. São vontades que, geralmente, são difíceis de se transformarem em ato. São sonhos que queimam e aquecem, fazem nosso mundo andar ou desandar. São dias, são noites. Olhares, palavras, posturas. Momentos que são difíceis de nos darem a resposta tão prática, como aquele famoso ''jogo de cintura'' para se adequar a uma situação. As coisas da vida são imprevisíveis. Complicado é mesmo viver sem se preocupar com o amanhã, tentando escravizadoramente não deixar nada para amanhã, porque o amanhã pode nem chegar, não é mesmo ?!"