segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Um amor para não mais amar

        O vento fazia o trabalho maravilhoso de sempre, acariciava as folhas. Pousava-as ao chão.Tocava levemente minha face como se um beijo, a mim, viesse entregar.As flores balançavam, como se em um tom de certa melodia, ali, estivesse envolvendo-as.
        O sol, já não mais se escondia. A lua, em contra-partida, sonhava com seu cenário noturno. Preparava tudo ! Atenta a cada detalhe.
Meu pensamento, já não mais era de outra pessoa a não ser você. Poeta e tanto, embora pense em muitas coisas, palavras não chegam aos seus pés.
        Quando o conheci, soube, que meu destino era você. Era estar ao seu lado. Voce, com esse jeito de menino levado. Ás vezes sério, ás vezes calado, conseguiu me envolver , assim como em ato quase impossivel, o vento fez com as flores.
         Não sei se , um dia , juntos iremos ficar. Mas não me importo. Pois o meu maior objetivo é te amar! Assim como a lua ama o mar.
         Sonhar não faz mal a ninguém, deixe-me sonhar também! Não é crime! É satisfatório, prazeroso...
          Posso estar enganada, mas a vida e o tempo me mostrarão a verdadeira face deste sentimento. Pode ser fraco, grandioso, infalível, inquebrável! Não sei caracteriza-lo, mas sei dizer que é bom e que, jamais , gostaria de deixar de sentir isto!
          Espero que pelo menos sentir, você não me proíba!

Uma lição de vida - 2

             Desde os meus antepassados, sofro do que chamamos de preconceito.
             Sou tão ingênuo que nao consigo entender o porquê.
             Sou normal, ou quase? Ou não ?
             Tenho a idade de uma criança qualquer, tenho sentimentos como qualquer um!
             
Vivo um dia de cada vez. Procuro oportunidades, mas sempre há alguém com vontade de barrar minha felicidade.              Há sempre alguém que não se importa com o que eu sinto . Tratam-me como se humano, eu não fosse...              Seria inveja por ser quem eu sou ? Não digo inveja por querer ter o que eu tenho, pois quase nada tenho.
E não me importo em ter, pois sei , que basta eu ser alguém com um caráter bom que todas as minúcias viram pó diante do universo..
             Julgue-me o quanto puder, pois somente assim, perceberá que quanto mais o tempo passa, eu me lapido e voce, bem.. Voce continua parado no tempo!
             Posso ser negro, mas nem por isso, não possuo caráter.
             Posse ser negro, mas tenho lá minhas vontades, meus sonhos, desejos, anseios
...
             Posso ser negro, mas posso estudar! Posso ser alguém na vida!
Sei que basta querer. Sei que muitos não querem, por medo de não conseguirem. Mas eu, farei o melhor de mim, afinal, a vida é simplesmente vivível.
             E se nasci, foi com um propósito: O de vivê-la ! E é o que faço. Vivo. Não me importo , sou quem sou , pois tenho orgulho de quem sou. Logo, tenho o direito de tal. E se por algum motivo alguém tentar retirar este direito de mim, estará indo contra a lei da vida!
Se nasci, foi para viver. Vivo, para ser! Sou, para deixar minha marca no mundo. Deixando a minha marca no mundo, serei lembrado. Por uns, de modo não tão agradável. Mas por outros, serão, digamos que meus seguidores!
              Sou negro, mas sou feliz!

domingo, 23 de outubro de 2011

Uma lição de vida - 1

           Amanheceu e o dia estava radiante! Como sempre, desci para degustar o maravilhoso café da manhã que mamãe se propunha a preparar todos os dias. Dona Maria era uma cozinheira de mão cheia. Papai, o senhor Wilson, era um homem batalhador. Morávamos em uma casa simples, com cinco cômodos em uma cidade do interior.Para quem não me conhece, sou Tonny e estou com 28 anos. Hoje, contarei um pouco da minha história para vocês.
         Sou cadeirante e, antes de me torná-lo , tudo parecia estar indo bem... Meu pai trabalhava como pedreiro e minha mãe era professora. Eu, como qualquer outra criança, sonhava um pouco mais alto. Sonhava em ser tantas coisas, como por exemplo, jogador de futebol. Ou então jogador de basquete, astronauta...
         Afinal, sempre fui apaixonado por esportes radicais e tudo o que se remete a astros, cosmos, meteoros, estrelas, planetas... Além disso, sonhava em ser popular na escola, ter muitos amigos assim como os "playboyzinhos", riquinhos da época. Mas estava longe de ser um...
       Estava acostumado com esta ideia. Tinha espelho em casa! Pelo menos isso, eu tinha! Eu estava acima do peso, usava óculos e só tirava boas notas. Portanto, chamavam-me de "Balofofo", "quatro-olhos", "gorducho", "elefante", "nerd", entre outros e, como uma criança qualquer, senti-me muito mal. Cheguei a perder o gosto pelo estudo. Pensei em mudar meus hábitos, sei lá! Coisas que qualquer criança pensaria. Sofria, no entanto, rejeições. Por ser gordo, não tinha amigos.
          Na hora do lanche, ninguém sentava comigo. Trabalhos em dupla, fazia sozinho. Na aula de Educação Física, ninguem me escolhia. Eu ficava sempre na reserva, auxiliando o professor. O tempo foi passando e as rejeições só aumentavam, mas ninguém tomava providencias. Preferi, então, não contar aos meus pais o que estava ocorrendo, afinal, eles já tinham vários problemas para resolver. Problemas maiores, como por exemplo, a dependência química de meu irmão mais velho!
           Assim, resolvi me tornar um homem para auxiliar meus pais, afinal, ele havia sido demitido do emprego devido ao fechamento da empresa onde trabalhava.Meu pai não conseguia arranjar emprego em lugar nenhum e, a desculpa era sempre a mesma : "Estamos admitindo apenas pessoas que tenham entre 18 a 40 anos."
          Sendo assim, a situação em casa se agravava. Afinal, não dá pra sustentar 5 pessoas com o salário de uma professora, ainda mais , com um filho dependente químico. Ele já pegava dinheiro escondido, saia de casa sem dizer para onde ia e voltava depois de 2,3,4,5 dias... Foram anos e anos nessa luta constante!

           Mamãe chorava tanto, chorava junto a ela. Pegava em sua mão e sentia que ela já estava tão debilitada. Estava pálida, fraca... Resolvi tomar uma atitude e, foi assim, que saí em busca de uma solução. Saí em busca de um emprego. Foi difícil, mas acabei encontrando. Graças a Deus! Rezava todos os dias para que tudo desse certo para que mamãe não chorasse mais...
            Fui crescendo e, mamãe, enfraquecendo cada vez mais. Não podíamos pagar um médico. Meu pai, começou a ficar amargurado e, de uma hora pra outra, começou a beber. Iniciou-se, no entanto, nosso segundo maior tormento. Eu, agora, sou o homem da família. Papai batia em mim e na mamae a troco de nada! Seguramos a onda legal..
           Seu Wilson acabou saindo de casa, e meu irmão mais velho, bem.. Teve overdose!À partir daí tivemos que recomeçar do zero. Do papai, nunca mais ouvi falar. Estava agora com 18 anos! Acabei conhecendo uma moça tão delicada, a qual mais adiante virá a ser minha namorada. Quando eu poderia imaginar que haveria alguém capaz de gostar de mim pelo que eu realmente sou e nao pelo que eu aparento ser? Jamais!
           A situação com toda a certeza estava melhor. Mamãe passou de professora para cozinheira!  Fui então, convidado para uma festa. Resolvi não perder esta oportunidade e acabei indo. No entanto, estava de carona, pois não sabia dirigir. Na festa, apresentaram-me o tal do álcool.

          Lembrei,no entanto, de minha própria experiência com tal. Ninguém havia me contado, eu havia presenciado! Logo, rejeitei a bebida! Começaram a, novamente, "tirar uma onda" com a minha cara. Disseram-me que eu era "amarelão", que eu nunca sairia da barra da saia da minha mãe.
          Disseram-me ainda que eu era fraco e que se eu não aceitasse a bebida, eu não faria parte do grupo deles. Com isso, senti-me pressionado e não vi mal algum em , pelo menos, colocar um pouco de álcool em meu organismo. Acabei aceitando e,ao fim da festa, fomos ao carro. Entramos. Sentei-me ao lado do motorista.Assim, rodados já alguns quilômetros, vi-me na Avenida Verde Verão, próximo ao Colégio Leite Ferraz, quando derepente Renatinho perde a direção. O automóvel não chocou-se com postes ou outros veículos, mas sim, caiu em um barranco. Todos permaneciam desacordados.
             Este acidente foi o que me tornou paraplégico e, ao que antes fazia bem, o álcool tornou-se o maior inimigo dos "riquinhos". Ninguém sobreviveu, além de mim. Hoje, sinto-me honrado e não guardo ressentimentos. Sou feliz de olhar para trás, mesmo observando que tudo o que eu passei não foi fácil. Mas isto só me fez crescer. Aprendi a perdoar a quem me ofendia, aprendi olhar com outros olhos tudo o que a vida me proporciona. Tudo possui seu lado positivo, bem como seu lado negativo.
               Tudo o que eu passei, ensinou-me a discernir o certo do errado. O que pode ser feito do que não pode ser feito. Na vida, há a necessidade de se passar por momentos de calmaria, bem como de tormenta. Tudo, pois sem estes não se é capaz de aprender a viver. Se não vivermos cada momento, não seremos capazes de caracterizar aquilo como bom ou ruim. Sendo um destes, não se pode negar que não deixa de ser uma experiência, um aprendizado. Agrega de alguma maneira em nossa vida!
                 Hoje, depois de anos e anos lutando contra a rejeição, posso dizer que eu encontrei a forma perfeita de viver. Sou feliz e não posso negar, graças ao que eu já vivi nessa vida, embora pelo pouco tempo. Ainda viverei mais, tenha certeza disso!  Além disso, possuo um emprego, não como aquele que, quando criança sonhava, pois sonhos se modificam, lapidam, nunca morrem. Possuo um emprego relacionado ao entendimento do universo sim e, passo o dia inteiro fazendo o que eu mais gosto. Lendo sobre o universo, sobre as teorias, analisando-as! Tudo o que eu sempre quis!

                   No entanto, meus caros, a felicidade não depende do físico que a conduz mas sim, da forma como ela é conduzida! Não importa se sou cadeirante, o que importa é que eu sou capaz de muitas coisas! Sou alguém normal sim! Eu posso fazer algo que você não é capaz!

sábado, 22 de outubro de 2011

Devaneios de dois corações - FINAL

Molly e Teo

1 de janeiro de 1998

              Antes era feliz sem conhecer a felicidade amorosa - diz Molly - pois, tanto tempo esperei para reencontrá-lo, mesmo tendo consciencia que poderia não ter dado certo. Além disso, nem nos conhecíamos. Eram apenas flertes no salão , não é verdade amor?
             É meu anjinho - afirma Teo - o dia mais feliz de nossas vidas, acredito. Passamos por tantas coisas, vivemos cada história , porém separadamente. E só em 10 de julho de 1986, fomos nos aproximar. Resolvemos não perder tempo.
             Lembro dos detalhes do salão, diz Molly. Lembra meu amor, daquelas mesas simples, forradas com toalhas vermelhas? O lustre de Cristal, as taças, os vinhos requintados e os refrigerantes para as crianças? Você estava pomposo como da primeira vez, porém só que mais galanteador, encantador!
              Claro que lembro Ly, aquele dia choveu muito não é mesmo? Houve uma hora em que a tocou a música pela qual nos envolvemos pela primeira vez, lembra? Você também estava radiante meu amor! Aquele vestido verde-mar, com detalhes dourados...
               É verdade e no fim da festa, quebrei meu salto! - risos -
               Ah Ly, a melhor coisa foi ter conhecido você!
               Com toda a certeza foi o Decreto, não só da minha mas, da Nossa Felicidade - Finalizou Molly.

     E assim, o casal seguiu seu caminho, por anos e anos como uma família qualquer!

Devaneios de dois corações - 17

Teo

7 de julho de 1986

Não é que eu me esqueci ! Dia 10 deste mês há o baile beneficente no salão da D. Rosa.. Foi lá onde eu conheci a "anjinha" misteriosa.. Será que ela vai ? É obvio que eu vou ! Se eu não tentar, nunca vou saber ! Que roupa devo ir? Qual o perfume? Levo rosas? Rosas estão antiquadas? Ah, meu Deus! Pareço um adolescente apaixonado!

Devaneios de dois corações - 16

Molly
1 de julho de 1986

Ah, está chegando o dia do baile beneficente no salão de D. Rosa. Quem será que estará lá hein? Será que devo ir? Bom, eu vou . Vai que ... né? Você sabe !  

Devaneios de dois corações - 15

Teo

17 de junho de 1986

             Não disse que Belle estava emocionalmente abalada? Pois bem, tentei evitar o ocorrido, mas nao adiantou. Ela suicidou-se enquanto estava trabalhando.
             Descobri logo que cheguei em casa quando deparei-me com sangue espalhado por todo o canto. Havia um rastro que levava à janela! Esse foi o triste fim de uma descontrolada convencida!
               Seu enterro será realizado no Cemitério de Persticlérites..

Devaneios de dois corações - 14

Molly
17 de junho de 1986

O que eu mais temia aconteceu hoje às oito horas da manhã.A vovó faleceu e será enterrada no cemitério da cidade de Persticlérites, com o auxílio de verda do tio Renato. 

Foi tão incrível, inacreditável! Vovó pediu que segurasse sua mão enquanto ela segurava um terço. Ela falava em como era para eu cuidar do gado e seguir o meu coração. Ela foi apertando cada vez mais forte a minha mão, quando derepente os aparelhos do hospital dispararam! Ah, Dona Tea! A senhora fará falta!
 Mais nada a declarar..

Devaneios de dois corações - 13

Teo

8 de Abril de 1986

                 Belle está passando dos limites. Ela está emocionalmente abalada. Qualquer coisa que se é dito ela menciona o fato de suicidar-se, tem cabimento?
                 Estou completamente perdido, meu Deus! Não sei o que eu faço. Porque faço e nem para que faço! Trabalho feito um cão para não ser reconhecido. Ah, vida soberana!

Devaneios de dois corações - 12

Molly

2 de Abril de 1986

                 Vovó está piorando a cada dia e eu , sofro junto a ela. Os médicos já me disseram que ela não vai melhorar. Estou ciente que perderei-a em pouco tempo, mas sei lá. É dificil de encarar..
                 Enquanto isso, D. Téa na cama do hospital, sempre com seu bom humor, dava-me seus conselhos amorosos, alertava-me pela última vez sobre a vida!

Devaneios de dois corações - 11

Teo

19 de março de 1986

               Belle está cada vez mais estranha. Tudo é motivo de briga! Tudo! Absolutamente tudo. Desde um suspiro até uma palavra dedutiva! Não aguento mais. Sugeri a ela que fosse a um psicologo, mas não pode, pois quem deve ir sou eu !
               São horas de brigas em casa, ela não compreende, não é companheira, não apoia em nada! Ela olha nos meus olhos e sem vergonha nenhuma diz :"Foi mal, nao foi minha intenção magoar você!"
               Ela não entende que palavras magoam, que atitudes marcam! Ela é uma estrategista nata! Ah meu "anjo" ... Será que com você seria diferente?

Devaneios de dois corações - 10

Molly

16 de março de 1986

             Não acredito que mais um ano se foi e, como sempre, rápido demais. De nada posso reclamar, afinal foi um ano ótimo!
             O único problema é que de uns tempos para cá, vovó vem apresentando sintomas que dificultam a oxigenação do cérebro afetando, assim, suas habilidades motoras. O médico disse que esta doença é raríssima entre idosos e que é irreversível.
             A Dona Téa é uma figura. Ela brinca de pega-pega com meus priminhos... Ah ,vovó ! Recupera-se logo! Eu a amo!

Devaneios do coração - 9

Teo

1 de março de 1986

                Mais um ano que se começa, então vamos aproveitar!
                Voltei de viagem faz algum tempo e inúmeras novidades surgem. Propostas de emprego borbulham! Que maravilha, comecei o ano com o pé direito!
                Além disso, estou noivo. Sim, noivo! Mas infelizmente não é da donzela esperada e sim de Belle. Ela, de certa forma faz-me feliz. Meses se passaram e eu ainda nao conheci meu "anjo"...
               Será que um dia eu vou reencontrá-la? Será que ela está bem ? Comprometida? Ah, "anjinho" . Belle que saiba de voce! Prefiro guardar este segredo até torná-lo real. Não quero correr o risco de perdê-la novamente!

Devaneios de dois corações - 8

Molly

25 de dezembro de 1985

            Sítio da vovó está tão gostoso.. Por mim, jamais voltaria para casa. Cuido do jardim, alimento o gado, brinco com os cachorros. Como os doces e o pão caseiro que Dona Téa faz.. Hum... é de dar água na boca.
           E aquele bolo de chocolate com calda escorrendo que até estala na boca ! Aquele suco natural ... Ah , que maravilha! Aqui, aproveito para ler um bom livro, balanço na rede.
          E, ao ler..Ah, meu caro! Imagino eu e o misterioso homem!
          É natal, e os preparativos estão cada minuto chegando nos finalmente! Feliz Natal senhor "fujão"!

Devaneios de dois corações - 7

Teo,

23 de dezembro de 1985

            Onde é que está esta donzela? Eu jamais senti algo parecido! O que ela fez comigo? Chamarei-a de "anjo", pois nao paro de pensar nela . E é nela que penso quando não me sinto bem.
           É sua imagem misteriosa que me faz reviver, renascer e voltar a ser feliz! Ah, "anjo" .. Feliz Natal, onde quer que esteja. E meu presente , que pedi ao papai noel, foi reencontrar voce!

Devaneios de dois corações - 6

Teo,

22 de dezembro de 1985

              Bella, minha amiga de infância é realmente muito bonita, simpática e interessante. Mas ah! Nada me tira da cabeça aquela bela donzela, simples e misteriosa que conheci no dia 10 de julho deste mesmo ano!

Devaneios de dois corações - 5

Teo,

20 de dezembro de 1985

             O ano está chegando ao fim, e sequer consegui reencontrar a tal donzela. Os enfeites natalinos começam a surgir. A cidade ganha um brilho especial. As pessoas se modificam. Presentes, correria, trabalho...
             E eu? Bem, estou de férias em Nova Iorque e, por incrivel que pareça reencontrei uma amiga de infância que há tempos não encontrava..

Devaneios de dois corações - 4

Molly,

1 de agosto de 1985

         Ah, que desejo infernal! A cada dia que passa, o homem misterioso atormenta-me, e a curiosidade de desmascará-lo só aumenta. Acredito que isto não deveria ocorrer. Pensei que fosse esquecê-lo rapidamente, mas não é o que está acontecendo!
         Os dias se passam, os sonhos ficam, e nada de reencontrá-lo. Bom, estou atrasada. Vou ao sítio da vovó relaxar um pouco, volto daqui um tempo.

Devaneios de dois corações -3

Teo ,

20 de julho de 1985

         Dias corridos, dias compridos, mas que valeram apena. Viagem a negócios e nem por isso fui capaz de me esquecer do dia 10 de julho deste mesmo ano. Afinal, como é que poderia me esquecer daqueles olhos verde-mar que foi capaz de inundar meu coração? Como esquecer-me daquele sorriso meigo, daquela menina com jeito de mulher. Ou seria mulher com jeito de menina?
         Indescritível o que senti naquele instante em que peguei em sua mão... Como sorriu para mim! Ah, lindo o vestido que ela vestia! Mas sequer sei seu nome, sequer sei de onde é e ela nem deve lembrar mais de mim. Não deveria ter ido embora sem ao menos perguntar-lhe o nome. Espero que um dia nos reencontremos, com a força do destino!
         Esperarei, pois a esperança é a última que morre!

Devaneios de dois corações - 2


‎17 de julho de 1985

          Sete dias se passaram, e não paro de pensar naquele belo rapaz do salão. Mas sequer deve se lembrar de mim. Deve ter encontrado outra que pudesse dar-lhe o que eu não pude lhe oferecer...
          Esta noite sonhei que estava sozinha caminhando pelas ruas da cidade, sendo iluminada apenas com o brilho da lua. Ah, a Lua ! Que festa que fazia no céu junto com as estrelas!
E sem ao menos entender o porque, comecei a correr. Corria como se tivesse me libertado de algo, e no movimento das folhas ao vento, imitei-as e pus-me a voar. Voei, voei tão alto. Sem limite, sem direção, sem medo...
          Por fim, pousei em algo macio, porém nada poderia enxergar, meus olhos estavam vendados. Quando desvendei-me pude ver que a maciez de seus braços era o local onde havia pousado. Fomos nos aproximando, olhos se fechando e derepente...
          "- Bom Dia, Molly. Hora de acordar , desça para tomar o café! "

Devaneios de dois corações - 1


MOLLY, 10 de julho de 1985

             O caos estava pronto,pois tudo era proibido e havia me apaixonado. Sim! Apaixonei-me por aqueles olhos de mel, por aquela boca cujas palavras proferidas somente são sensíveis. Ao fechar os olhos, pude nos ver em um campo, de mãos dadas sorrindo para o mundo. Esquecendo-nos de absolutamente tudo o que não nos queria bem.
             Margaridas, rosas, jasmins... E, por fim, um toque... suave de tulipas. Ouvindo o canto dos pássaros,que encontravam-se sobre a mesma árvore onde demos nosso primeiro beijo, pude lembrar-me rapidamente daquela canção, cuja emoção nos envolveu pela primeira vez. Lembro como se fosse hoje, você com aquele traje descolado, pomposo, um sorriso radiante em seu rosto. Aquele seu olhar comovente que percorria o salão como se algo, ali, procurasse. Quanto a mim, estava com um vestido vermelho, cabelos soltos ao vento.
            E, ao momento em que eu menos esperava, você caminhou em minha direção e esticou sua mão em sinal de convite para rodopiar o salão. Sem ao menos me conhecer, disse-me coisas que outrem jamais diria. Alisou meus cabelos, acariciou a minha face, beijou a minha testa e, sem ao menos nada dizer, partiu.
            Quem era essa pessoa cujo poder é grandioso sobre mim? Para onde foi? Porque se foi? Será que um dia voltaremos a nos encontrar? Aguardo anciosamente por este dia tão especial que haverá de chegare, que com toda a certeza, será o dia mais feliz de minha vida! Será o Decreto da Minha Felicidade!

sábado, 15 de outubro de 2011

Não deixe que um simples tropeço se torne um monstro dentro de voce!
Tropeçou? Aprenda a desviar!
Caiu? Aprenda a levantar!
Te magoaram ? Aprenda a relevar e perdoar!
Magoou alguem ? Aprenda a pedir perdão!
Estão confundindo a boa vontade com folga? Hora de aprender a dizer Nao .

"ENHES "

Há em seu olhar algo que denuncia todas as suas vontades
Sem medo, sem vaidades.
Há em seu sorriso um feitiço que me comprazia
Uma mistura doce de sutilezas e responsabilidade
Um encontro dos céus e da terra .
Um anjo em forma de homem !

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

MODE

O medo
Dentro do peito
Explode e implora
A paz do sentimento

Chora calado
Mostra ser o que não é
Pede silencio
Recorre ao tempo

Mascara a dor
E finge não estar só
Sente-se sozinho
E sorri apenas para dizer
Que não há lágrimas em seu ser

Tenta seguir
Tenta viver
Pensa em partir
E de tudo desistir

E então, é aí que a Razão
Toma as rédias do coração
Faz mudar de ideia e enconraja

É assim somente.
Somente assim é..