quarta-feira, 13 de abril de 2011

Gotas derramadas


Derramar gotas do provável
Enxugá-las com o sopro do silêncio
Sentir, em cada osso, a dor da eliminação
Fazer-nos perceber a imperfeita eclosão
E, dela, a evolução!
Rememorável, um dia, será digno
Tamanha revolução
Como forma de castigo, desse nosso próprio coração

Escute o palpitar,
Sinta a brisa relutar,
Olhe as folhas caídas, já murchas,
Tão suaves, tão sofridas...

Remontar ao passado já não se pode
Datilografados sejam,
Arquivados permaneçam,
Até o despertar de novas existências.

Talvez, já não lhe sirvam.
Talvez!

Silenciar-se para o mundo se expressar!
Diga-me, então,  o que é pior
Se é não possuir o poder da fala
Ou se é possuí-lo e ser limitado?
É falar e ser contrariado
Ou contrariar a quem fala?

E aí, você fala tudo o que deveria , ou
Simplesmente gostaria de falar?
Ou será que se você procurar
Será capaz de encontrar vestígios de tais ‘frustrações’?

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